O aplicativo Osíris, que propõe um mapeamento unificado e simples para imóveis ociosos no ambiente urbano foi o grande vencedor do Hack in Sampa 2020. O grupo formado por Christian Portugal, Kátia Miranda, Cárita Liberato, Marina Lima e Maíra Manfro desenvolveu o app unindo inteligência artificial à participação da sociedade e conquistou o prêmio de R$ 10 mil, além de cinco bolsas de estudo em cursos Your Way da Faculdade Impacta. “Hoje existem várias plataformas que acabam dificultando o acesso, então, nosso foco é empoderar o cidadão para que ele consiga enxergar esses dados”, disse Portugal sobre o app. Concluído no domingo (20), o Hack in Sampa teve a participação de 65 competidores de 15 estados diferentes, além de um participante de La Paz, na Bolívia. O desafio era criar ferramentas para auxiliar na implantação e controle da função social da propriedade na capital paulista, contribuindo para construir uma cidade mais justa.
Além da diversidade de Estados, ampliada pelo fato de o evento ter sido realizado on-line, a quarta edição do Hack in Sampa marcou um recorde de participação feminina, com 45% de participantes mulheres, além de mentoras e juradas. A banca de jurados foi composta por Alexandre Andrade e Meli Malatesta, professores universitários; André Gutierrez, que atuou na Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras; Bianca Colepicolo, Secretária Municipal de Turismo de Ilhabela; além do vereador Pólice Neto, idealizador do evento. “Foi uma longa e intensa trajetória que nos trouxe até aqui”, afirmou Pólice Neto. “Na verdade, são muito mais do que 4 edições, porque o embrião é de 2012, quando conduzimos a primeira maratona tecnológica do setor público brasileiro para abrir os dados da Câmara Municipal. Realizamos maratonas também fora de São Paulo e provamos que os cidadãos, neste caso em especial, os jovens, têm muito a contribuir com o setor público.”
Em segundo lugar ficou o projeto Do Começo Ao Fim, que também propôs uma plataforma unificada de localização dos imóveis inutilizados alimentada por dados da Prefeitura de São Paulo e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, procurando, inclusive, dar maior transparência para o status de um imóvel já notificado, facilitando o acesso e acompanhamento. Já o aplicativo InMap, que conquistou o terceiro lugar, aposta na colaboração dos usuários para o mapeamento dos imóveis e foi desenvolvido pelos participantes Flávia Firmino, Vanessa Sousa e Glauber Marcelino.
Os grupos que ficaram em segundo e terceiro lugar também receberão cinco cursos Your Way da Faculdade Impacta, além de R$ 1 mil como prêmio para o vice-campeão. “Cada grupo tem um foco de análise, mas sempre com um objetivo, fazendo com que essa lei, essa possibilidade de implementação de política pública tenha a participação de quem está na ponta, que é o usuário”, afirmou o jurado André Gutierrez.
A quarta edição do Hack in Sampa também contou com diversos apoiadores e patrocinadores, como o iFood, que, além de contribuir com um voucher de R$ 40 para todos os integrantes durante o evento, sorteou R$ 500 para ser usado no aplicativo. Também contribuíram a Travel Tech (que ofereceu 3 diárias no hotel Amerian Portal del Iguazú; a TECH 6, com voucher de R$ 800 em cursos; a Mestre Diversidade Inclusiva e a For Mind, com o sorteio de bolsas e mentoria; além da Faculdade Impacta, com cursos para os primeiros colocados.
“Todos notaram que, para produzir uma cidade melhor, precisamos ter mais engajamento. Então, é necessário colocar as pessoas entendendo mais as dinâmicas que fortalecem a cidade, além de chamar a população seja de maneira lúdica, divertida ou mesmo despretensiosa, mas que as pessoas tenham o desejo de auxiliar a cidade”, disse Pólice Neto.